quinta-feira, 28 de julho de 2011

O Archaeopteryx pode deixar de ser uma ave



O primeiro fóssil do Archaeopteryx foi descoberto em 1861 e tornou-se no achado perfeito para dar impulso à teoria evolutiva de Darwin. O vertebrado viveu durante a era dos dinossauros e, apesar das semelhanças com os répteis, tinha características aladas e foi definido como a mais antiga ave de sempre, tornando-se num exemplo académico da passagem evolutiva dos répteis para os vertebrados alados. Passado 150 anos, um artigo da Nature publicado nesta quinta-feira que descreve uma nova espécie parente do Archaeopteryx, sugere que “a primeira ave” não passa de um dinossauro com penas, iguais a tantos outros que existiam na altura.
O Archaeopteryx é um género que incluí várias espécies que viveram há cerca de 150 milhões de anos, no final do período Jurássico. A primeira espécie foi descoberta no Sul da Alemanha, dois anos depois de Charles Darwin publicar o livro revolucionário do século XIX, Na Origem das Espécies, onde defendeu a teoria da evolução através de uma colecção robusta de exemplos que sustentavam a tese.

Quando se encontrou o fóssil do animal pré-histórico, o que se conhecia do mundo dos dinossauros era um deserto comparado com o que se sabe hoje. As penas, as asas, a parte superior do osso esterno parecido com as aves, eram tão diferentes dos outros fósseis de dinossauros da época, que mesmo havendo várias características de réptil, o Archaeopteryx foi não só considerado a primeira ave, como toda a teoria da evolução das aves foi construída a partir deste grupo.

Ao longo do último século e meio, vários autores puseram em causa “a primeira ave” e a partir de meados da década de 1990, quando vários fósseis mostraram que existiu uma proliferação de penas e asas em dinossauros, o aspecto do Archaeopteryx passou a ser muito mais vulgar. O artigo de Xing Xu, investigador da Universidade de Linyi, da província de Shandong, China, é mais um argumento contra esta classificação com 150 anos.

No estudo, os autores descrevem a espécie Xiaotingia zhengi. O fóssil do animal foi encontrado na formação geológica de Tiaojishan, que fica na província chinesa de Liaoning, no Nordeste. A placa de rocha onde está incluído tem a marca de penas à volta dos ossos. O animal, que viveu há cerca de 155 milhões de anos, teria asas, penas e seria capaz de planar.

Comparar a árvore da evolução
A equipa de Xu decidiu fazer uma análise comparativa das características morfológicas destas duas espécies e de mais algumas dezenas de dinossauros e aves que estão próximos para compreender quais é que serão as relações familiares na árvore da evolução.

O que descobriram, é que quando juntavam a nova espécie, o Archaeopteryx saltava do ramo evolutivo que hoje é representado pelas aves para o ramo do grupo de dinossauros chamado Deinonychosauria, que inclui, por exemplo, os famosos velociraptors, e que se extinguiu no final do Cretácico, juntamente com o resto dos dinossauros. Mas quando a análise excluía o Xiaotingia zhengi, o Archaeopteryx permanecia no ramo evolutivo das aves.

“Há muitas, muitas características que sugerem que o Xiaotingia e o Archaeopteryx sejam dois tipos de dinossauro chamados Deinonychosauria e não aves. Por exemplo, ambos têm um grande buraco em frente aos olhos, estes buracos só é visto nestas espécies e não está presente noutras aves”, disse Xu citado pela BBC News. O investigador também aponta para a garra do segundo dedo do pé, muito extensível nos Deinonychosauria, e que “tanto o Archaeopteryx como o Xiaotingia apresentam o desenvolvimento inicial desta característica”.

Lawrence Witmer, um paleontólogo da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, que escreveu um artigo na < i=""> a acompanhar o estudo, afirma que esta descoberta vai “arrebatar a comunidade de paleontólogos simplesmente porque, no último século e meio, estes fósseis familiares [do Archaeopterix] guiaram todos os pensamentos científicos sobre o inicio das aves”.

Para Xing Xu, esta definição feita quando a teoria da evolução ainda era jovem “foi o resultado da História e das poucas amostras que existiam da transição de dinossauros para pássaros”, disse citado numa notícia da Nature. Mas há quem discorde. “Acho que isto não vai ser a última palavra sobre este assunto”, disse à Nature Thomas Holtz, paleontólogo da Universidade de Maryland, Estados Unidos. “Se tiramos esta espécie chinesa do conjunto de espécies analisadas, os argumentos caem por terra, por isso esta nova localização é na melhor das hipóteses precária até que haja mais descobertas que a comprovem.”Entretanto, os autores chineses avançaram com outras três espécies da era dos dinossauros, descobertas recentemente, para substituirem o lugar de ave mais antiga: o Epidexipteryx, o Jeholornis e o Sapeornis. Quanto ao Archaeopterix, apesar da discussão continuar e de uma resposta conclusiva para o seu lugar na evolução das aves esperar por mais investigação, o seu lugar na história da vida ficou comprometido. “Talvez tenha chegado a altura de aceitarmos finalmente que o Archaeopterix era somente outro pequeno terópode com aspecto de ave, que esvoaçava por aí, durante o Jurássico”, defendeu Lawrence Witmer.

FONTE: http://www.publico.pt/Ci%C3%AAncias/o-archaeopteryx-pode-deixar-de-ser-uma-ave_1505200?all=1

FONTE: http://www.nature.com/news/2011/110727/full/news.2011.443.html

PARABENS JOYCE E CAROL


Resultado da seleção de Bolsistas de Iniciação Científica da UNIFAP 2011 (disponível em http://www.unifap.br/?postagem=3160).
É com grande prazer que eu parabenizo a Joyce e a Carol por se classificarem dentro dos primeiros 6 candidatos que se inscreveram na seleção para bolsistas de Iniciação Científica da UNIFAP 2011.

O LECoV ganha duas estudantes ótimas que mostraram que são dedicadas e bem humoradas mesmo em condições cansativas no campo. Afinal.... aquelas centenas de horas de voadeira sob chuva e sol nos Rios Araguari e Falsino não são para qualquer um.....

Parabéns meninas e que esses próximos 12 meses sejam cheios de produção científica, alegrias e amizade...

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Muito Feliz




Essa primeira ida a FLONA foi super proveitosa, aprendi muita coisa e estou feliz por esta dando certo. Estou na expectativa da proxima viagem, e espero aprender mais coisas e ajudar muito mais.








Obs: na foto eu medindo uma das tocas encontradas durante o censo.








quarta-feira, 20 de julho de 2011

Saída de Julho - Um sucesso!

A saída de Julho foi um sucesso total! A turminha aí da foto percorreu mais de 550 km de censo ao longo de rios e igarapés e entrevistou mais de 15 moradores em uma única saída de campo na FLONA do Amapá.
PARABÉNS gente!!!
Que o nosso grupo se fortaleça cada vez mais e que o nosso trabalho traga bons frutos para a conservação dos vertebrados e dos recursos naturais na Amazônia brasileira.                    



terça-feira, 12 de julho de 2011

Equipe em campo na Flona do Amapá

Equipe trabalhando na Flona do Ampá (julho de 2011). Foto: Fernanda Michalski
Olhem a nossa equipe trabalhando na busca de vertebrados de médio e grande porte na Flona do Amapá.

O trabalho está indo muito bem e estamos com várias informações interessantes sobre a fauna de vertebrados e sua relação com a pressão antópica na região da FLONA e entorno.

Esse momento feliz da foto foi depois de uma paradinha para o lanche.... E que grupo legal de trabalhar esse.....!!!

Mais notícias da nossa saída de Julho em breve no Blog......