Acaba de sair publicada na revista Oryx, a nota (Conservation News) de autoria de Fernanda Michalski e Darren Norris intitulada "Giant otters are negatively affected by a new hydropower dam in the most protected state of the Brazilian Amazon".
Ariranhas fotografadas no Rio Araguari, Estado do Amapa, durante atividade de campo. Foto: Fernanda Michalski. |
Pela primeira vez um estudo utilizou dados coletados antes (2011-2013, 2015) e após (2016-2020) a construção de uma usina hidrelétrica para avaliar os efeitos em uma espécie ameaçada. As ariranhas (Pteronura brasiliensis) são endêmicas da América do Sul e vivem em grupos com sistemas complexos.
Nosso estudo, ao longo de 139 km de rio, demonstrou que as detecções de ariranhas declinaram para zero na área diretamente afetada pelo novo reservatório. Mesmo após 4 anos de formação do novo reservatório, não foram obtidos registros que indicassem que as ariranhas retornaram a área do reservatório.
O crescente numero de novas hidrelétricas em operação e em construção na Amazônia Brasileira pode causar maiores reduções em populações de ariranhas no bioma. Medidas mitigadoras que minimizem os efeitos negativos da construção de novas hidrelétricas devem ser realizadas.
Leia a nota completa e com acesso livre em https://www.cambridge.org/core/journals/oryx/article/giant-otters-are-negatively-affected-by-a-new-hydropower-dam-in-the-most-protected-state-of-the-brazilian-amazon/C89AB4C4A80CA070B1FFF3057C087C08.