Iniciamos os campos de 2015 com
a coleta de dados em barcos motorizados ao longo dos rios Falsino e Araguari.
Essas atividades vêm sendo realizadas desde 2011 por integrantes do Laboratório
de Ecologia e Conservação de Vertebrados (LECOV). E já renderam trabalhos publicados sobre a
distribuição espacial e ocorrência de animais como tracajás, preguiças e
ariranhas.
Entre 14 e 22 de setembro, a
aluna de doutorado Elis L. Perrone esteve na FLONA do Amapá e áreas de entorno.
A aluna é orientada pelo Dr. Darren Norris com a tese intitulada “Impactos
antrópicos sobre a dinâmica populacional e de ocupação do espaço do tracajá (Podocnemis unifilis) TROSCHEL, 1848 (Testudines, Podocnemididae) na bacia do rio
Araguari, Amapá, Brasil”, no PPGBIO/UNIFAP. Os mestrandos Yuri Silva e Victor
Chuma do PPGBIO/UNIFAP, também participaram nas atividades.
Fig. 1 Elis, Victor
e Alvino (barqueiro / assistente / chef dos rios) no Rio
Araguari.
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A primeira saída de campo foi uma grande aventura, com subidas e descidas em cachoeiras e registros fotográficos promissores. A excursão ocorreu no momento ideal, no início da vazante na bacia do rio Araguari. Este é o período quando os níveis dos rios reduzem, e as praias de desova dos tracajás começam a surgir. Foram visitados os locais que os tracajás utilizam para desovar nos rios Falsino e Araguari e áreas de pedrais (por exemplo, nas cachoeiras) onde os tracajás pegam sol. Depois de 54 horas e mais de 95 km percorridos foram avistados 41 tracajás e 60 locais “potenciais” de nidificação – incluindo praias ao longo das margens dos rios e nas ilhas.
Fig. 2 (A) tracajá avistado e (B) Uma das praias visitadas no rio Falsino. |
Aproveitamos a oportunidade para
realizar censos ao longo dos rios em barcos motorizados, nos quais avistamos outros
animais como o macaco aranha, o macaco pretinho e araras vermelhas. Além de
registros indiretos (tocas e latrinas) de ariranhas e lontras.
Os dados coletados nesse campo
servirão de base para entender melhor como a fauna semiaquática responde as interferências
humanas na região, principalmente os tracajás. Nesse ano vamos acompanhar o
período de desova dos tracajás e já estamos bastante ansiosos.
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