sábado, 26 de setembro de 2015

Pesquisa com os tracajás.......

                Iniciamos os campos de 2015 com a coleta de dados em barcos motorizados ao longo dos rios Falsino e Araguari. Essas atividades vêm sendo realizadas desde 2011 por integrantes do Laboratório de Ecologia e Conservação de Vertebrados (LECOV).  E já renderam trabalhos publicados sobre a distribuição espacial e ocorrência de animais como tracajás, preguiças e ariranhas.

                Entre 14 e 22 de setembro, a aluna de doutorado Elis L. Perrone esteve na FLONA do Amapá e áreas de entorno. A aluna é orientada pelo Dr. Darren Norris com a tese intitulada “Impactos antrópicos sobre a dinâmica populacional e de ocupação do espaço do tracajá (Podocnemis unifilis) TROSCHEL, 1848 (Testudines, Podocnemididae) na bacia do rio Araguari, Amapá, Brasil”, no PPGBIO/UNIFAP. Os mestrandos Yuri Silva e Victor Chuma do PPGBIO/UNIFAP, também participaram nas atividades.

Fig. 1 Elis, Victor e Alvino (barqueiro / assistente / chef dos rios)  no Rio Araguari.
      A primeira saída de campo foi uma grande aventura, com subidas e descidas em cachoeiras e registros fotográficos promissores. A excursão ocorreu no momento ideal, no início da vazante na bacia do rio Araguari. Este é o período quando os níveis dos rios reduzem, e as praias de desova dos tracajás começam a surgir. Foram visitados os locais que os tracajás utilizam para desovar nos rios Falsino e Araguari e áreas de pedrais (por exemplo, nas cachoeiras) onde os tracajás pegam sol. Depois de 54 horas e mais de 95 km percorridos foram avistados 41 tracajás e 60 locais “potenciais” de nidificação – incluindo praias ao longo das margens dos rios e nas ilhas.        

Fig. 2 (A) tracajá avistado e (B) Uma das praias visitadas no rio Falsino.

                Aproveitamos a oportunidade para realizar censos ao longo dos rios em barcos motorizados, nos quais avistamos outros animais como o macaco aranha, o macaco pretinho e araras vermelhas. Além de registros indiretos (tocas e latrinas) de ariranhas e lontras.

                Os dados coletados nesse campo servirão de base para entender melhor como a fauna semiaquática responde as interferências humanas na região, principalmente os tracajás. Nesse ano vamos acompanhar o período de desova dos tracajás e já estamos bastante ansiosos.

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