segunda-feira, 4 de abril de 2016

Início do pós-doutorado na Floresta Amazônica no Amapá: primeiras impressões e uma ‘história de pescador’…

No mês de março iniciei meu pós-doutorado no PPGBIO-UNIFAP e minhas atividades junto ao LECoV. Meu primeiro campo na Floresta Amazônica, dentro e no entorno da Floresta Nacional do Amapá, ocorreu entre 18/03 e 28/03/2016 e foi uma experiência incrível, sendo que 80% das espécies que observei são uma novidade para mim. 

Profa. Dra. Fernanda apontando para as novas áreas alagadas devido ao lago formado pela nova hidrelétrica (Cachoeira do Caldeirão) em Porto Grande-AP (Foto: William Carvalho).


Apesar de nunca ter pisado em terras amazônicas, não me intimidei e aquele primeiro receio e medo de um principiante foram passando aos poucos, ainda mais estando todos os dias acompanhado por pessoas que nasceram nesse local, como o Alvino, Cremilson e Cledinaldo, nossos excelentes assistentes de campo.

Aliás, sobre a história de pescador, somente ele (Alvino) sabe sobre a onça-pintada que vimos atravessando o Igarapé do Braço. Somente ele, pois estava chovendo e não deu tempo de tirar a máquina fotográfica da mochila e fazer uma foto. Assim, tenho minha primeira ‘história de pescador’ para a Amazônia, a não ser que o Alvino esteja comigo contando a história…

Alvino (nosso piloto e assistente de campo) e eu a caminho das observações de ariranhas e verificação de áreas com potencial para amostragem dos morcegos (Foto: William Carvalho).

Voltando as impressões… no final a empolgação tomou conta de mim. A expectativa é enorme principalmente em relação aos morcegos, pois são o objeto de estudo do projeto que vou desenvolver na FLONA Amapá. Fiz diversas observações desses mamíferos voadores conforme subíamos os rios e igarapés ou ainda pelas trilhas da grade PPBIO, mesmo não utilizando métodos de captura. A meu ver, o projeto sobre o papel dos morcegos no processo de regeneração florestal dará bons frutos em um futuro próximo. Agora, vamos ao trabalho na expectativa de ver a onça-pintada novamente para poder fazer a foto!

Espécime de Emballorunidae fotografado dentro de oco de árvore em uma das trilhas da grade PPBIO (Foto: William Carvalho).

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