No mês de março iniciei meu pós-doutorado no PPGBIO-UNIFAP e minhas atividades junto ao LECoV. Meu primeiro
campo na Floresta Amazônica, dentro e no entorno da Floresta Nacional do Amapá,
ocorreu entre 18/03 e 28/03/2016 e foi uma experiência incrível, sendo que 80% das espécies que observei são uma novidade para mim.
Profa. Dra. Fernanda apontando para as novas áreas alagadas devido ao lago formado pela nova hidrelétrica (Cachoeira do Caldeirão) em Porto Grande-AP (Foto: William Carvalho).
Apesar de nunca ter pisado em terras amazônicas, não me intimidei e aquele primeiro receio e medo de um principiante foram passando aos poucos, ainda mais estando todos os dias acompanhado por pessoas que nasceram nesse local, como o Alvino, Cremilson e Cledinaldo, nossos excelentes assistentes de campo.
Aliás, sobre a
história de pescador, somente ele (Alvino) sabe sobre a onça-pintada que vimos
atravessando o Igarapé do Braço. Somente ele, pois estava chovendo e não deu
tempo de tirar a máquina fotográfica da mochila e fazer uma foto. Assim, tenho
minha primeira ‘história de pescador’ para a Amazônia, a não ser que o Alvino
esteja comigo contando a história…
Alvino (nosso piloto e assistente de campo) e eu a caminho das observações de ariranhas e verificação de áreas com potencial para amostragem dos morcegos (Foto: William Carvalho).
Voltando as
impressões… no final a empolgação tomou conta de mim. A expectativa é enorme principalmente
em relação aos morcegos, pois são o objeto de estudo do projeto que vou
desenvolver na FLONA Amapá. Fiz diversas observações desses mamíferos voadores
conforme subíamos os rios e igarapés ou ainda pelas trilhas da grade PPBIO, mesmo
não utilizando métodos de captura. A meu ver, o projeto sobre o papel dos
morcegos no processo de regeneração florestal dará bons frutos em um futuro
próximo. Agora, vamos ao trabalho na expectativa de ver a onça-pintada
novamente para poder fazer a foto!
Espécime de Emballorunidae fotografado dentro de oco de árvore em uma das trilhas da grade PPBIO (Foto: William Carvalho).
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